Campo harmônico Maior

A construção de acorde sobre cada um dos graus da escala diatônica, através da sobreposição de terças, é o primeiro e mais básico procedimento gerador de acordes da tonalidade. Esse grupo de acordes gerado é chamado de Campo Harmônico Diatônico. O Campo Harmônico será chamado de “maior” quando a escala adotada para construção destes acordes, for uma escala maior. Vejamos o Campo Harmônico maior, a partir da escala de Dó maior:

Desta forma podemos padronizar a estrutura do Campo Harmônico Maior em graus:

Vejamos então um outro exemplo na tonalidade de Lá maior:

Umas das inúmeras aplicações de se conhecer o Campo Harmônico, acontece no momento de transpor a harmonia de uma música. Se temos uma determinada sequência harmônica no tom de Dó maior e necessitamos tocar a mesma progressão na tonalidade de Lá maior, podemos facilmente fazer essa transposição através do graus. Vejamos um exemplo de progressão em Dó maior:

Podemos visualizar que esta sequência acima, utiliza os seguintes graus:

Com base neste entendimento os acordes que utilizaremos na tonalidade de Lá maior serão:

Pois estes são os acordes correspondentes aos graus na tonalidade Lá maior.

Esta é somente uma das diversas aplicações e utilidade de conhecer Campo Harmônico.

Este conhecimento ainda nos permite:

•   Harmonizar uma melodia.

•   Facilitar a compreensão dos caminhos harmônicos de uma canção ao tirar uma música de ouvido.

•   Criar abertura de vozes para coro ou arranjo instrumental como, naipes de cordas, metais, etc.

•   Expandir a sonoridade harmônica de uma musica.

•   Fazer uma analise harmônica para compreender a composição da canção.

Existe ainda um outro aspecto muito importante, que é a relação entre os acordes do Campo Harmônico.

Existem 3 grupos de acordes que se relacionam dentro do Campo Harmônico.  Podemos entender esta relação e este agrupamento na lição Função Harmônica.

Grupo 1 (G1)

Imaj7      IIIm7      VIm7

Grupo 2 (G2)

IVmaj7      IIm7

Grupo 3 (G3)

V7      VIIm7(b5)

Exemplo em Dó maior

Grupo 1 (G1)

Cmaj7      Em7      Am7

Grupo 2 (G2)

Fmaj7      Dm7

Grupo 3 (G3)

G7       Bm7(b5)

Estes acordes se relacionam intimamente e podem ser substituídos um pelo outro ou ainda dividir um mesmo espaço de tempo (compasso), o que pode valorizar um arranjo.

 

Se temos, por exemplo, uma progressão:

Poderíamos modificar esta sequência fazendo substituições da seguinte forma:

Exemplo em Dó maior:

Algumas possibilidades:

*Acordes que se relacionam pois pertencem ao mesmo grupo

Ainda outra forma seria, ao invés de substituir os acordes, dividir o tempo do compasso entre eles:

E assim podemos criar diversas possibilidades sonoras a partir de uma simples progressão, e isto pode ser utilizado em qualquer estilo musical.

Aqui podemos visualizar o poder que a harmonia tem de se transformar, ainda que com poucos elementos. Lembrando que não levamos em consideração as inversões que podemos fazer neste mesmos acordes, os acordes de preparação, diminutos de passagem, e outras possibilidades que as regras da Harmonia nos permite, o que sofisticaria ainda mais a sonoridade dos elementos apresentados. Nos restringimos aqui, somente ao Campo harmônico para mostrar que mesmo em progressões simples, podemos criar variações que irão valorizar o arranjo musical.

E este foi o nosso assunto de hoje. Para ter certeza que entendeu, proponho que faça o exercício e logo abaixo deixe seu comentário. Nos vemos na próxima aula!

Exercício de fixação

Faça o exercício abaixo e no final você receberá sua pontuação. Boa sorte!!!

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